Acordo global para áreas de proteção marinha na Antártica é negociado no Chile
Um grupo de países que negocia um plano para a criação de novas áreas de proteção marinha na Antártica espera alcançar antes do fim da conferência, na próxima sexta-feira (23), um plano de ação para sua implementação.
Os representantes de 27 países-membros da Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA) estão reunidos a portas fechadas desde a segunda-feira na capital chilena com esse objetivo. As projeções, no entanto, não indicam que os países possam chegar ao consenso necessário.
A CCRVMA, que faz parte do Sistema do Tratado Antártico, é integrada por países como Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, Índia, Japão, Chile, Argentina, Brasil e Uruguai.
Até hoje, existem apenas duas áreas de proteção marinha na Antártica (AMP): a das Ilhas Órcades do Sul, que abrange uma área de 94.000km², criada em 2009, e a do mar de Ross, de 2,06 milhões de km², estabelecida em 2016.
O maior objetivo é que se monte um cronograma para a criação de novas AMP na Antártica Oriental, no mar de Weddell e na Península Antártica.
Os delegados reunidos em Santiago devem buscar um equilíbrio entre os interesses de proteção e conservação frente aos de uso e pesca no Oceano Antártico ou Austral. Esse segundo cenário é defendido principalmente por Rússia e China.
Y.Lewis--RTC