Autoridades holandesas tentam apagar incêndio em navio cargueiro
Autoridades holandesas tentaram prevenir nesta quinta-feira (27), pelo segundo dia consecutivo, uma eventual catástrofe ecológica na costa norte do país, onde um cargueiro pegou fogo.
De acordo com as últimas informações da Guarda Costeira, "ainda há fogo a bordo" do "Fremantle Highway", navio que transporta automóveis no qual um incêndio começou na madrugada de quarta-feira (26).
A embarcação, que ainda está ligada a um rebocador, "flutua para o oeste por causa do vento e da corrente", e agora está a 16 km da ilha de Terschelling, explicaram, acrescentando que o cargueiro está a uma distância segura do tráfego marítimo no local.
No entanto, os barcos de resgate pararam de lançar água para tentar resfriar o navio, tentando evitar o acúmulo do líquido "a bordo", algo que "pode afetar sua estabilidade", disse à rádio BNR o porta-voz da Guarda Costeira, Edwin Granneman.
Além disso, alertou que caso a embarcação vire e afunde, "ainda existe o risco de um desastre ecológico".
No dia anterior, uma porta-voz da Guarda Costeira havia indicado que o incêndio poderia durar vários dias.
Até o momento, não se sabe a causa das chamas, mas nesta quinta, autoridades holandesas anunciaram que estão participando de uma investigação iniciada pelo Panamá.
Segundo o proprietário do navio, o grupo japonês Shoei Kisen Kaisha, citado pela NOS, um dos 25 carros elétricos que o cargueiro transportava poderia ter causado o incêndio.
Dos 23 tripulantes que estavam a bordo e conseguiram ser retirados, um marinheiro morreu - em uma embarcação de salvamento, segundo a NOS - e vários ficaram feridos.
As autoridades temem que o cargueiro esteja próximo a um ecossistema frágil e ao Mar de Wadden, que se estende até a Dinamarca e conta com uma rica diversidade de mais de 10 mil espécies aquáticas e terrestres, tendo sido declarado Patrimônio Mundial da Unesco.
O "Fremantle Highway" é um navio de transporte de automóveis com capacidade para 18.500 toneladas de carga que navegava entre Bremerhaven, na Alemanha, e Port Said, no Egito, segundo o site de monitoramento de tráfego marítimo marinetraffic.com.
J.Gustafsson--RTC