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Navalny enfrenta novo julgamento que pode levar a mais 20 anos de prisão
Navalny enfrenta novo julgamento que pode levar a mais 20 anos de prisão / foto: Natalia KOLESNIKOVA - AFP/Arquivos

Navalny enfrenta novo julgamento que pode levar a mais 20 anos de prisão

O líder da oposição russa Alexei Navalny retorna aos tribunais nesta sexta-feira (4) para enfrentar um julgamento por extremismo, que pode resultar em outra sentença de 20 anos de prisão.

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Navalny já cumpre sete anos de prisão em um complexo de segurança máxima por "desvio de verbas", acusação que seus apoiadores consideram forjada, por ter desafiado o presidente Vladimir Putin.

O opositor de 47 anos afirmou em um comunicado na quinta-feira (3) que espera uma pena "stalinista", de cerca de 18 anos, pedindo a seus apoiadores que resistam ao poder de Putin.

"Por favor, considerem e percebam que ao prender centenas, Putin está tentando intimidar milhões", disse ele.

O advogado tem muitos seguidores nas redes sociais, onde publicou vídeos expondo supostos casos de corrupção entre a elite russa e conseguiu mobilizar protestos contra o governo.

O julgamento desta sexta-feira acontecerá a portas fechadas na colônia penal de segurança máxima IK-6, em Melekhovo, 250 km ao leste de Moscou, onde cumpre pena atual.

Um correspondente da AFP relatou que várias equipes de jornalistas se posicionaram em frente à prisão, mas até o momento, não há apoiadores presentes.

A Promotoria alega que Navalny criou uma organização que prejudica a segurança pública ao realizar "atividades extremistas". Seu Fundo Anticorrupção (FBK), criado para investigar autoridades russas, já havia sido fechado em 2021 por "extremismo".

Seu ex-chefe de gabinete, Leonid Volkov, e outros assessores também foram acusados de organizar ou participar de uma "comunidade extremista". A maioria de seus aliados próximos fugiu da Rússia.

"Estamos acompanhando o caso de perto", disse nesta sexta-feira o porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Jeremy Laurence.

A Rússia vive uma onda de repressão desde o início do conflito na Ucrânia e quase todos os principais opositores foram presos ou exilados.

L.Diaz--RTC