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CIDH exige de Cuba investigação 'rápida' sobre morte de manifestante preso
CIDH exige de Cuba investigação 'rápida' sobre morte de manifestante preso / foto: YAMIL LAGE - AFP/Arquivos

CIDH exige de Cuba investigação 'rápida' sobre morte de manifestante preso

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitou, nesta terça-feira (21), ao governo de Cuba investigar "rápida e imparcialmente" a morte recente de um manifestante preso nos protestos históricos de 11 de julho de 2021.

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Luis Barrios Díaz, de 37 anos, faleceu no domingo em um hospital de Havana após ter sido transferido da prisão, informou o Observatório Cubano de Direitos Humanos, com sede em Madri.

"A CIDH apela ao Estado para investigar rápida e imparcialmente a morte" do manifestante que "se encontrava privado de liberdade após sua participação nos protestos de 11 de Julho", disse a comissão com sede em Washington, em seu perfil na plataforma X, o antigo Twitter.

Esta morte "estaria relacionada com a ausência de atendimento médico adequado na prisão", acrescentou a comissão.

De acordo com o observatório, Barrios Díaz, que cumpria sentença de nove anos, foi hospitalizado em agosto por problemas respiratórios. Apesar de seu mau estado de saúde, foi levado de volta à prisão de San Miguel del Padrón em Havana pois as autoridades alegaram que não podiam vigiá-lo permanentemente no centro de saúde.

Neste fim de semana, ele foi levado ao hospital novamente e morreu por uma complicação pulmonar após passar por uma cirurgia no sábado, segundo a mesma fonte.

A embaixada dos Estados Unidos em Cuba expressou sua "indignação" e fez "um chamado ao governo cubano para que respeite os direitos humanos de todos e todas, incluídos os direitos dos presos políticos", em seu perfil no X.

"Ninguém deve ser preso em Cuba nem em nenhum lugar por expressar publicamente suas opiniões políticas", acrescentou.

Centenas de cubanos foram condenados com penas de até 25 anos por participação nas manifestações de 11 de julho de 2021, quando milhares saíram às ruas aos gritos de "Liberdade" e "Temos fome".

O governo cubano argumenta que essas manifestações foram orquestradas a partir de Washington.

Há alguns dias, Havana negou em uma mensagem na rede X que haja presos políticos em Cuba, depois das críticas que recebeu de vários países durante o Exame Periódico Universal do Conselho de Direitos Humanos da ONU, por manter na prisão os manifestantes com longas penas.

Está prevista para esta quinta-feira a visita oficial do representante especial da União Europeia para os Direitos Humanos, Eamon Gilmore, a Havana para falar do tema com as autoridades.

L.Aitken--RTC