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EUA detêm 23 pessoas ligadas ao cartel mexicano Jalisco Nova Geração
EUA detêm 23 pessoas ligadas ao cartel mexicano Jalisco Nova Geração / foto: Mark Felix - AFP

EUA detêm 23 pessoas ligadas ao cartel mexicano Jalisco Nova Geração

Autoridades dos Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (1º), a detenção de 23 pessoas vinculadas ao cartel mexicano Jalisco Nova Geração (CJNG), acusadas de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em território americano.

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Os detidos enfrentam acusações de suspeita de tráfico de cocaína, fentanil, heroína e metanfetamina nas regiões de Houston e Galveston, no Texas, sul dos Estados Unidos, assim como em outras cidades do país, de dezembro de 2018 a abril de 2022, segundo um comunicado do Departamento de Justiça.

"A acusação formal alega que todos operavam sob o controle geral do cartel Jalisco Nova Geração (CJNG)", acrescenta o comunicado. "O líder de um desses grupos, Roque Zamudio-Mendoza, 52 anos, do México, era a principal fonte das drogas introduzidas como contrabando nos Estados Unidos, segundo as acusações", detalhou o Departamento de Justiça.

"Foram perdidas incontáveis vidas americanas por causa dos cartéis de Jalisco e Sinaloa", disse o procurador-geral americano, Merrick Garland. "Nos últimos três anos, o Departamento de Justiça se concentrou nesses cartéis e, com estas detenções de dezenas de associados do cartel de Jalisco, damos mais um passo em nossa luta para desmantelar essas organizações mortais", acrescentou.

Além dos 23 detidos, há outros 18 envolvidos com ordens de captura, dos quais dois morreram e 16 ainda não foram localizados, entre eles Zamudio-Mendoza, detalhou o procurador-geral americano para o distrito sul do Texas, Alamdar S. Hamdani.

A chamada operação "Rainmaker" levou 63 meses e envolveu diferentes agências americanas.

O fentanil "representa uma ameaça para a saúde e a segurança públicas", disse a procuradora-geral adjunta, Lisa Monaco. Essa droga é um poderoso opiáceo sintético, concebido para uso médico, mas também usado como entorpecente, sendo 50 vezes mais potente do que a heroína, porém muito mais fácil e barato de produzir. Os Estados Unidos acusam laboratórios chineses de fornecer aos narcotraficantes, sobretudo mexicanos, as substâncias necessárias para produzi-lo.

G.Svensson--RTC