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De Twitter a X, uma metamorfose dolorosa
De Twitter a X, uma metamorfose dolorosa / foto: Alain JOCARD - AFP

De Twitter a X, uma metamorfose dolorosa

Desde que comprou o Twitter, o magnata Elon Musk fez grandes mudanças tanto no aplicativo quanto na empresa, desde cobrar por algumas funções até eliminar seu logotipo tradicional, um pássaro azul.

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Seguem abaixo as etapas que levaram Musk a colocar seu selo na plataforma global, convertida, agora, em “X”.

- Entrada de Musk -

Diretor-executivo da Tesla e SpaceX, Musk comprou o Twitter no ano passado, por US$ 44 bilhões, após meses de negociações agitadas. Em poucas semanas, metade dos 7.500 funcionários do Twitter foram demitidos, o que causou comoção no Vale do Silício.

Os cortes continuaram, segundo as informações disponíveis, até a eliminação de 80% dos cargos técnicos da empresa.

Musk vende o mobiliário e outros objetos do escritório em San Francisco, Califórnia, enquanto relatos apontam que a empresa não paga a dívida com aluguel e outros gastos.

- Novo Twitter Blue -

Em novembro, o Twitter lança uma assinatura paga, chamada Twitter Blue. Mas o relançamento é temporariamente interrompido devido a um episódio de contas falsas que assusta os anunciantes da plataforma.

O Twitter Blue volta a ganhar asas no mês seguinte, com a oferta de recursos especiais, como permitir publicações mais longas ou, inclusive, editá-las.

- Contas anistiadas -

No fim de novembro de 2022, Musk reativa a conta do ex-presidente americano Donald Trump, que havia sido banido por instigar o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, após perder a eleição para Joe Biden.

O magnata oferece uma "anistia" a milhares de perfis que haviam sido suspensos pelo Twitter, o que aumenta o temor de a plataforma se encher de abusos e desinformação.

Musk também se aproximou de personalidades polêmicas. Tucker Carlson, ex-apresentador do canal de TV Fox News, que tem posições radicais e, em alguns casos, conspiratórias, lançou um programa no Twitter. O site de notícias conservador The Daily Wire transmite seus podcasts na plataforma, incluindo o de Matt Walsh, comentarista conhecido por comentários transfóbicos.

- Executiva a bordo -

Em 12 de maio, Musk anuncia a contratação da executiva do ramo da publicidade Linda Yaccarino como diretora da empresa. Os anúncios na plataforma despencaram depois que Musk reduziu drasticamente a moderação do conteúdo.

Musk disse que permaneceria responsável pelo design e pela tecnologia do Twitter, com Linda se concentrando nos negócios e transformando a plataforma em um "aplicativo para tudo" chamado X.

- Código da UE -

Thierry Breton, comissário da União Europeia, tuitou em 27 de maio que o Twitter havia decidido abandonar o código de desinformação do bloco, um pacto voluntário, que reúne as principais redes sociais.

O código foi redigido pelos próprios nomes da indústria da tecnologia e inclui dezenas de compromissos, como uma melhora na cooperação com os verificadores de conteúdo e a não promoção dos players que distribuem desinformação.

- Tweetdeck -

Em julho, o Twitter anuncia que o Tweetdeck, programa da empresa que permite ao usuário monitorar várias contas ao mesmo tempo, ficaria disponível apenas para usuários verificados. A mudança ocorreu quando Musk exigiu que serviços ou aplicativos externos pagassem taxas caras para "interagir" com a plataforma.

Musk também limitou brevemente o número de publicações diárias que podiam ser lidas por usuários que não tinham o serviço Twitter Blue, em um esforço, segundo ele, para expulsar os robôs da plataforma.

- O fator X -

Em 24 de julho, Musk elimina o logotipo tradicional do Twitter, substituindo-o por um "X", dentro de um novo posicionamento de marca. O site passa a exibir o novo logotipo, um X branco sobre um fundo preto.

No começo do ano, Musk já havia mudado o nome corporativo da empresa para X.

F.Peeters--RTC