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Arm, filial do Softbank, lança megaentrada na bolsa de NY
Arm, filial do Softbank, lança megaentrada na bolsa de NY / foto: Yuichi YAMAZAKI - AFP/Arquivos

Arm, filial do Softbank, lança megaentrada na bolsa de NY

O fabricante britânico de microchips Arm, filial do japonês SoftBank, lançou oficialmente seu processo de listagem na Bolsa de Valores de Nova York, uma operação que, por seu valor estimado, pode ser a mais importante no setor de tecnologia desde a abertura de capital do grupo chinês Alibaba.

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Embora "o número de ações e a faixa de preços ainda não tenham sido determinados", de acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira (21), documentos divulgados pelo grupo informam que o SoftBank Group comprou recentemente US$ 16,1 bilhões (R$ 79,8 bilhões na cotação atual) de 25% da Arm então nas mãos de outra unidade, a Vision Fund.

Esta operação valoriza a empresa fundada em 1990 em mais de US$ 64 bilhões (R$ 317,4 bilhões), cerca do dobro do preço de aquisição em 2016 por parte do grupo japonês.

Essa Oferta Pública Inicial (ou IPO, na sigla em inglês) pode acontecer em setembro, segundo a imprensa americana, e pode estar entre as maiores do setor de tecnologia desde a abertura de capital do Alibaba em Wall Street, em 2014, que reportou US$ 25 bilhões (R$ 124 bilhões) à empresa.

Com sede na Grã-Bretanha, a companhia planeja listar na Nasdaq sob a sigla "Arm".

A Arm foi sinalizada como uma empresa potencialmente importante em Inteligência Artificial (IA).

“Estamos trabalhando com empresas líderes como Alphabet, Cruise LLC, Mercedes-Benz, Meta e Nvidia na implantação da tecnologia Arm para executar trabalhos de IA”, explicou a empresa.

A decisão da Arm se dá após o fracasso de uma proposta de venda para a Nvidia, em fevereiro de 2022, por US$ 40 bilhões (R$ 198,4 bilhões), devido a "problemas regulatórios".

A empresa tem quase 6.000 funcionários e registrou receita de US$ 2,7 bilhões (R$ 13,3 bilhões) em 2023.

- "99% dos smartphones" -

A empresa é referência mundial em design de semicondutores, fabricados sob licença para o mercado global de smartphones.

Seus microchips "trouxeram informática de ponta para mais de 99% dos smartphones do mundo até 2022", diz a empresa.

A Arm manterá sua sede em Cambridge e poderá, posteriormente, abrir o capital também em Londres.

- Euforia com IA -

"O conglomerado japonês esperava as melhores condições de mercado e, embora pareçam melhores em comparação com a (situação de) volatilidade que atingiu o setor de tecnologia no ano passado, a recente fraqueza do verão (no hemisfério norte) claramente leva a empresa a listar a Arm o mais rápido possível", comenta a analista Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown.

De fato, o faturamento da empresa britânica estagnou durante seu último exercício anual encerrado no final de março, para se situar nos US$ 2,7 bilhões.

E "as vendas mais baixas de telefones celulares e de outros eletrônicos tiveram um impacto em sua receita no último trimestre", acrescenta Michael Hewson, da CMC Markets.

A Arm enfrenta alguns riscos ligados à sua dependência do mercado chinês e às tensões internacionais nos últimos anos em torno do setor estratégico de semicondutores, particularmente entre Washington e Pequim.

No momento, o setor de tecnologia mundial se move no rastro da euforia com a Inteligência Artificial generativa (IA), um campo no qual Arm espera ter um papel estratégico.

Segundo a imprensa especializada, muitos gigantes de tecnologia, como Nvidia, Apple, Samsung Electronics e Intel, estariam interessados em investir na Arm quando a empresa abrir o capital.

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