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Ucrânia envia reforços ao 'inferno de Avdiivka", atacada pela Rússia
Ucrânia envia reforços ao 'inferno de Avdiivka", atacada pela Rússia / foto: Genya SAVILOV - AFP

Ucrânia envia reforços ao 'inferno de Avdiivka", atacada pela Rússia

Tropas ucranianas foram “mobilizadas com urgência” para reforçar a proteção de Avdiivka, epicentro de combates e bombardeios que tornaram "um inferno" a cidade do leste da Ucrânia, alvo de ataques russos.

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Na Rússia, um bobardeio atribuído à Ucrânia matou nesta quinta-feira (15) seis pessoas, entre elas uma criança, na cidade de Belgorod, perto da fronteira, informou o Ministério da Saúde.

A poucos dias do segundo aniversário da invasão russa, a Ucrânia enfrenta múltiplos desafios: as forças russas estão na ofensiva, a ajuda militar americana é cada vez mais improvável e o exército ucraniano carece de homens, armas e munição.

"Neste momento, perdemos batalhas. Os ataques aumentam, mas todos resistem. Os que combatem há dois anos já estão mentalmente cansados", disse à AFP um soldado ucraniano do batalhão Azov, em Kramatorsk, na fronteira leste.

A situação se degrada principalmente em Avdiivka, cidade do Donbas devastada pelos combates, onde a posição dos defensores ucranianos é cada vez mais precária frente às forças russas, que lançaram em outubro uma ofensiva para acabar de cercar a cidade.

“A terceira brigada de assalto confirma que foi realocada com urgência” para reforçar essa área, anunciou a unidade hoje no aplicativo Telegram, em mensagem intitulada “O inferno de Avdiivka”.

- Alerta dos EUA -

Avdiivka corre o risco de cair nas mãos das tropas russas, advertiu hoje o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby. "Infelizmente, estamos recebendo relatos dos ucranianos de que a situação é crítica; os russos continuam pressionando as posições ucranianas diariamente", disse Kirby, que convocou a Câmara dos Representantes a aprovar uma ajuda de 60 bilhões de dólares (298 bilhões de reais) para Kiev.

A brigada afirmou que realiza contra-ataques a bairros de Avdiivka conquistados pelos russos, depois de considerar que as forças adversárias nessa região têm sete brigadas, ou seja, milhares de homens, e que reforços seguem chegando.

A Rússia também realizou durante a noite um novo ataque com 26 mísseis, dos quais 13 foram derrubados, deixando um morto e nove feridos - três em Lviv (oeste) e seis em Zaporizhzhia (sul), segundo autoridades. Em Kherson (sul), uma mulher de 67 anos morreu em um bombardeio russo, segundo autoridades locais.

- Ataques em Belgorod -

Na cidade russa de Belgorod, além dos seis mortos nos ataques ucranianos, “outras 17 pessoas, incluindo quatro crianças, ficaram feridas", informou o Ministério da Saúde da Rússia. O Ministério da Defesa russo informou que derrubou 14 foguetes ucranianos naquela região, que teriam sido disparados por um sistema de foguetes de lançamento múltiplo RM-70.

Localizada a cerca de 40 quilômetros da fronteira, Belgorod é a capital da região de mesmo nome e alvo recorrente de ataques atribuídos à Ucrânia em resposta aos bombardeios russos.

- Ajuda ocidental -

Em relação ao custo de dois anos de guerra, a Ucrânia precisaria de 486 bilhões de dólares (2,4 trilhões de reais) para a sua recuperação e reconstrução, segundo um novo cálculo conjunto do governo ucraniano e do Banco Mundial, divulgado hoje. Para obter mais ajuda, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, viajará amanhã à Alemanha e França, onde irá se reunir com o chanceler Olaf Scholz e o presidente Emmanuel Macron.

Jensen--RTC