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Inflação permanece estável em julho nos EUA e alimenta expectativa por corte de juros
Inflação permanece estável em julho nos EUA e alimenta expectativa por corte de juros / foto: ANGELA WEISS - AFP

Inflação permanece estável em julho nos EUA e alimenta expectativa por corte de juros

A inflação permaneceu estável, em termos anuais, em julho nos Estados Unidos, a 2,5%, e aumentou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central) reduza as taxas de juros em meados de setembro.

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O índice PCE, o mais utilizado pelo Fed, registrou, no entanto, uma recuperação na medição mensal entre junho e julho, passando para 0,2% frente a 0,1% entre maio e junho.

Esta evolução está alinhada com as expectativas dos analistas.

Em um ano, "os preços dos bens caíram menos de 0,1% e os dos serviços cresceram 3,7%", afirmou o Departamento do Comércio.

A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis da energia e dos alimentos, manteve-se estável tanto em uma base mensal como anual, em 0,2% e 2,6%, respectivamente.

Outra medida da inflação, o índice IPC, com base no qual as aposentadorias são indexadas, mostrou, no início de agosto, uma continuação da desaceleração em julho, para 2,9% em um ano, o nível mais baixo desde março de 2021, em comparação com 3% no mês anterior.

Os gastos dos consumidores aumentaram mais rapidamente em julho do que em junho (0,3%, contra 0,2%), assim como sua renda (0,3%, contra 0,1%), indicou o Departamento do Comércio.

- É tempo -

A queda da inflação anual durante vários meses pode convencer o banco central americano a começar a reduzir suas taxas de juros em sua próxima reunião, nos dias 17 e 18 de setembro.

O Fed aumentou as taxas a níveis não vistos há mais de duas décadas, para tornar o crédito mais caro e, assim, desencorajar o consumo e os investimentos após a pandemia, para moderar as pressões sobre os preços.

"Chegou a hora de um ajuste na política monetária, uma redução das taxas de juros", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira passada, durante a reunião anual de banqueiros centrais mundiais em Jackson Hole, Wyoming.

É "difícil" imaginar que o Fed não reduza as taxas em meados de setembro, afirmou na segunda-feira a presidente do Fed em São Francisco, Mary Daly.

"Não queremos nos encontrar em uma situação em que mantemos uma política excessivamente restritiva em uma economia em desaceleração", destacou.

O Fed pretende que a inflação chegue a 2% ao ano, nível considerado saudável para a economia.

Atualmente, as taxas de referência estão na faixa de 5,25-5,50%. O Fed observou que a taxa de desemprego subiu a 4,3% em julho.

Wall Street reagiu positivamente aos dados de inflação e abriu em alta nesta sexta-feira. Nas primeiras cotações, Dow Jones ganhou 0,19%, Nasdaq 0,77% e o S&P 500, 0,47%.

O.Valdez--RTC