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Conmebol investiga Palmeiras por gesto racista de torcedor na Libertadores
Conmebol investiga Palmeiras por gesto racista de torcedor na Libertadores / foto: NELSON ALMEIDA - AFP

Conmebol investiga Palmeiras por gesto racista de torcedor na Libertadores

A Conmebol abriu um processo contra o Palmeiras por um gesto racista de um torcedor no Allianz Parque na quarta-feira (9) durante a vitória do clube paulista por 1 a 0 contra o Cerro Porteño, pela Libertadores da América.

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Uma fonte da Conmebol confirmou à AFP nesta quinta-feira (10) o início da investigação sobre racismo, semanas depois que o Cerro Porteño foi punido por atos do mesmo tipo protagonizados por seus torcedores contra os jogadores do Palmeiras que disputavam um torneio sub-20 em Assunção.

Imagens divulgadas nas redes sociais na noite de quarta mostram um 'torcedor' com a camisa do Palmeiras imitando um macaco para os torcedores do clube paraguaio.

Nesta quinta-feira, o time paulista informou que identificará e punirá o torcedor que fez gestos racistas.

"Não toleramos condutas preconceituosas, especialmente em nossa casa, e seguiremos empenhados em extirpar dos estádios sul-americanos toda e qualquer forma de discriminação", disse o Palmeiras, tricampeão da Libertadores, em um comunicado em suas redes sociais.

Com um sistema de biometria facial, o clube "já trabalha para identificar" o torcedor, que será bloqueado para comprar ingressos para as partidas do time.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reiterou que "reafirma seu compromisso de tolerância zero no combate ao racismo" e prometeu "apurar com rigor" a agressão racista no Allianz Parque.

"A postura da CBF será a mesma adotada nos casos anteriores em que denunciou formalmente à Conmebol e à Fifa os clubes envolvidos" nestes atos, acrescentou em um comunicado.

No fim de março, a entidade máxima do futebol sul-americano criou um grupo de trabalho liderado pelo ex-jogador Ronaldo 'Fenômeno' para enfrentar o racismo, a discriminação e a violência no futebol.

A criação de uma força-tarefa, que será integrada por outros ídolos do futebol e de vários juristas de renome, trabalhará para implementar estratégias para erradicar o racismo em um futebol sul-americano que, nos últimos meses, viveu uma sequência de casos que atingiram até o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

O dirigente da entidade se viu envolvido em uma polêmica por soltar uma frase considerada racista, inclusive pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira.

No 80º Congresso da Conmebol nesta quinta, Domínguez ressaltou o compromisso da instituição com o combate ao racismo, que considerou um "produto de uma sociedade deteriorada".

D.Nielsen--RTC