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Guaidó viaja de surpresa à Colômbia antes de cúpula sobre Venezuela
Guaidó viaja de surpresa à Colômbia antes de cúpula sobre Venezuela / foto: LEO ALVAREZ - Juan Guaido's press office/AFP

Guaidó viaja de surpresa à Colômbia antes de cúpula sobre Venezuela

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó viajou de surpresa para a Colômbia por ocasião da conferência internacional convocada em Bogotá para desbloquear o diálogo entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro, segundo um comunicado emitido nesta segunda-feira (24).

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Está previsto que representantes de 20 países, inclusive dos Estados Unidos, se reúnam na terça-feira na capital colombiana em uma tentativa de apresentar propostas para reativar as negociações que começaram na Cidade do México em agosto de 2021, mas entraram em ponto morto em novembro.

"Acabo de chegar à Colômbia, da mesma forma que milhões de venezuelanos fizeram antes de mim, a pé", disse Guaidó, considerado pelos Estados Unidos, entre janeiro de 2019 e 2023, o presidente encarregado de seu país após a contestada reeleição de Maduro um ano antes.

"Espero que a cúpula possa garantir que o regime de Maduro volte à mesa de negociações no México e seja acordado um cronograma confiável para a celebração de eleições livres e justas como solução para o conflito. Nossa luta é para que os direitos dos venezuelanos valham", disse.

Guaidó não foi convidado ao encontro, reiterou em nota a chancelaria do país, após sua chegada à Colômbia. "Como tem sido manifestado de forma pública e reiterada, a Conferência é um espaço de encontro com parte da comunidade internacional", destacou.

De fato, o governo Maduro tampouco foi convidado.

Até o momento não consta da agenda uma reunião com o presidente colombiano, Gustavo Petro, que, no sábado, recebeu uma delegação da Plataforma Unitária, que representa a oposição na mesa de negociações do México.

"Vou solicitar uma reunião com as delegações internacionais que estarão presentes. Vou me encontrar com a diáspora venezuelana", acrescentou Guaidó.

"Não vou parar de denunciar os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime de Maduro. Exijo a liberdade dos quase 300 presos políticos que permanecem nos calabouços, que parem de perseguir minha família, minha equipe e os que lutam por uma Venezuela melhor".

A Colômbia foi o principal aliado de Guaidó na região quando foi governada pelo antecessor de Petro, o direitista Iván Duque, que rompeu relações diplomáticas com Maduro.

Petro reverteu este processo e tem ocupado um lugar de protagonismo no processo de negociação política na Venezuela. Na quinta-feira passada, pediu à contraparte americana, o presidente Joe Biden, a suspensão gradativa das sanções que Washington mantém contra Caracas com o compromisso de que as eleições presidenciais de 2024 sejam realizadas com garantias.

Ch.Schroeder--RTC