Ministra britânica ultraconservadora fica na berlinda por infração no trânsito
O primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, rejeitou nesta quarta-feira (24) um pedido da oposição para abrir uma investigação interna sobre sua ministra do Interior, Suella Braverman, acusada de pedir um tratamento favorável, após ser multada por excesso de velocidade.
Quando se tornou primeiro-ministro em outubro, após os turbulentos mandatos de Boris Johnson e de Liz Truss, Sunak prometeu restaurar a integridade do Executivo. Desde então, perdeu três membros de seu governo por falta de transparência em questões tributárias e por acusações de assédio.
A ministra ultraconservadora Suella Braverman corria o risco de ser a quarta, até que, nesta quarta-feira, o premiê decidiu que seu comportamento "não constitui uma infração do código de ética" do Executivo.
“Poderia ter sido adotada uma melhor linha de comportamento para não provocar uma percepção de irregularidade”, destacou Sunak, no entanto, em uma carta a sua ministra publicada por Downing Street.
Muito criticada por sua dura retórica anti-imigração, Suella foi acusada de solicitar um curso de conscientização privado – em vez de seguir o curso em um grupo com outras pessoas na mesma situação – para não perder pontos na carteira, após ser multada por excesso de velocidade.
Para isso, teria solicitado a intervenção de funcionários da pasta sob sua responsabilidade.
A ministra, que já teve que renunciar durante o mandato de Truss por usar seu e-mail pessoal para enviar um documento oficial a um colega, negou qualquer irregularidade. Ela insistiu que pagou a multa e aceitou a perda de pontos na carteira de motorista.
O Partido Trabalhista, de oposição, exigiu uma investigação interna e acusou Sunak de "fraqueza", por tê-la renomeado para seu governo após sua renúncia anterior.
C.P.Wilson--RTC