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Trump comparecerá na quinta-feira a tribunal da Geórgia
Trump comparecerá na quinta-feira a tribunal da Geórgia / foto: Sergio Flores - AFP/Arquivos

Trump comparecerá na quinta-feira a tribunal da Geórgia

O ex-presidente americano Donald Trump, 77, confirmou nesta segunda-feira (21) que comparecerá na próxima quinta-feira a um tribunal do estado da Geórgia para enfrentar acusações derivadas de sua suposta tentativa de reverter o resultado da eleição presidencial de 2020.

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Trump denunciou em sua plataforma, Truth Social, que será "PRESO por uma promotora distrital de esquerda radical, Fani Willis", funcionária da Geórgia responsável pelo quarto indiciamento do ex-presidente neste ano.

O juiz do caso havia aprovado uma fiança de US$ 200 mil (R$ 997 mil) para Trump pela acusação de associação criminosa apresentada contra ele nesse estado do sul. Trump e outros acusados nesse caso têm até o meio-dia da próxima sexta-feira (hora local) para se apresentarem a autoridades da Geórgia e serem registrados.

Em sua publicação, Trump afirmou que Fani Willis atua "em coordenação estrita com o distorcido Departamento de Justiça de Joe Biden" e que "trata-se de INTERFERÊNCIA NAS ELEIÇÕES".

O ex-presidente alega que todas as acusações contra ele visam a bloquear a sua candidatura a um novo mandato na Casa Branca, no momento em que ele lidera com vantagem as aspirações republicanas à Casa Branca.

Além da fiança, o juiz da Tribunal Superior do Condado de Fulton, Scott McAfee, impôs várias condições em um acordo aprovado pelos promotores e pelos advogados de Trump. Em documento judicial de três páginas, McAffe afirma que "o réu não deve praticar nenhum ato para intimidar qualquer pessoa conhecida como co-réu ou testemunha neste caso, nem para obstruir a administração da Justiça. O precedente incluirá, mas não irá se limitar a publicações em redes sociais ou feitas por outro indivíduo em redes sociais", assinalou o juiz.

McAfee estabeleceu uma fiança de US$ 100 mil a cada um dos dois co-réus no caso: os ex-advogados da campanha de Trump John Eastman e Kenneth Chesebro. Fani Willis, promotora distrital do condado de Fulton, pediu ao juiz que marcasse a data do julgamento para 4 de março de 2024.

Trump enfrenta quatro julgamentos criminais em meio à sua corrida para retornar à Casa Branca. Ele foi acusado na Geórgia de crime organizado e de uma série de crimes eleitorais, após uma investigação de dois anos sobre seus esforços para reverter sua derrota eleitoral para Biden na Geórgia.

Outros réus na suposta conspiração são o ex-advogado pessoal de Trump Rudy Giuliani e seu chefe de gabinete na Casa Branca, Mark Meadows.

- Julgamento rápido -

O promotor especial Jack Smith solicitou a um juiz federal que marque a data de 2 de janeiro de 2024 para o ex-presidente ir a julgamento em Washington por acusações separadas de conspiração para alterar o resultado das eleições de 2020. Os advogados de Trump pediram na semana passada à juíza Tanya Chutkan que programe o julgamento para abril de 2026, bem depois das eleições presidenciais do ano que vem. Eles argumentaram que o número de documentos no caso levaria meses para ser processado.

Jack Smith reagiu hoje em uma apresentação judicial, afirmando que a equipe de defesa de Trump "exagera o desafio de revisar" as provas apresentadas no caso. "Uma data de julgamento proposta para 2026 negaria ao público seu direito a um julgamento rápido", argumentou. Tanya Chutkan deve decidir a data do julgamento no próximo dia 28.

Trump também enfrentará um julgamento em Nova York, em março de 2024, por suspeita de ter feito pagamentos a uma atriz pornô em uma tentativa de contornar as regras de financiamento de campanha antes da eleição de 2016.

O republicano também deve ir a julgamento na Flórida em maio, acusado por Jack Smith de ter manipulado indevidamente documentos secretos do governo que levou da Casa Branca quando deixou o cargo.

Jensen--RTC