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'Vou me inscrever!': candidata opositora minimiza inabilitação para enfrentar Maduro
'Vou me inscrever!': candidata opositora minimiza inabilitação para enfrentar Maduro / foto: Pedro Rances Mattey - AFP

'Vou me inscrever!': candidata opositora minimiza inabilitação para enfrentar Maduro

A liberal venezuelana María Corina Machado, que arrasou nas primárias da oposição, desestimou, nesta terça-feira (24), a inabilitação contra ela para enfrentar o presidente Nicolás Maduro nas eleições de 2024 e garantiu que vai poder participar do pleito.

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"Que fique claro: vou me inscrever! Vamos derrotar Maduro!", afirmou Machado durante coletiva de imprensa. "Nossa vitória nas eleições presidenciais de 2024 é um fato, o que nos cabe agora é abrir o caminho, que sem sombra de dúvidas estará cheio de obstáculos, de atropelos e ameaças."

A dirigente, de 56 anos, que promete acabar com o socialismo e adotar uma economia liberal no país, venceu as primárias da oposição de domingo passado e se tornou a candidata da unidade opositora para as eleições previstas para o próximo ano.

Ela obteve 1,5 milhão de votos, 93%, de acordo com o segundo boletim divulgado depois da apuração de 65% das atas.

Uma antiga inabilitação contra Machado, que expirou em 2016, foi estendida em junho até 2030. A Controladoria - facultada por lei a inabilitar funcionários pela via administrativa - a vinculou a "um esquema de corrupção" quando era deputada. Machado nega e tacha a sanção de "inválida".

O chavismo, que tem na inabilitação uma arma para neutralizar seus adversários, tachou as primárias de "fraude" e descartou veementemente que Machado possa se apresentar como candidata.

"Quem apresentar neste momento o termo inabilitação, está dizendo que não valeu nada o que aconteceu no domingo, que desconhece o que aconteceu no domingo, e eu lhes digo: o povo tem que ser ouvido. Eu recebi um mandato e vou cumprir o mandato dos venezuelanos", insistiu.

Perguntada quais incentivos o governo teria para suspender a sanção, Machado respondeu, evasiva, "você vai ver".

As primárias foram realizadas cinco dias depois da assinatura de um acordo em Barbados entre o governo e a oposição, que estabeleceu a realização das eleições presidenciais para o segundo semestre de 2024, com observação internacional.

Os Estados Unidos responderam com o alívio das sanções petroleiras contra o país durante seis meses, embora o condiciou à suspensão das inabilitações, um tema espinhoso nas negociações.

M.Allan--RTC