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Junta birmanesa perde controle de cidade estratégica na fronteira com a China
Junta birmanesa perde controle de cidade estratégica na fronteira com a China / foto: Str - AFP

Junta birmanesa perde controle de cidade estratégica na fronteira com a China

A junta militar birmanesa perdeu o controle de uma cidade estratégica na fronteira com a China que caiu nas mãos de uma aliança de grupos étnicos após intensos combates, indicou um porta-voz do governo.

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"O governo, as organizações administrativas e as forças de segurança já não estão presentes" em Chinshwehaw, fronteira com a província chinesa de Yunnan, declarou o porta-voz do governo militar Zaw Min Tun.

Mais de 6.000 pessoas teriam sido deslocadas em quatro dias de combates entre o Exército e os movimentos rebeldes no norte de Mianmar e centenas teriam fugido para a China, disse na segunda-feira o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

O Exército de Libertação Nacional de Taaung (TNLA), o Exército de Arakan (AA) e a Aliança Nacional Democrática de Mianmar (MNDAA) criaram uma aliança capaz de mobilizar ao menos 15.000 homens, segundo analistas.

Nesta quinta-feira, reivindicaram o controle de Chinshwehaw, assim como de Hpaung Seng, Kyukok e Hsenwi, onde travam combates.

Estes grupos lutam contra o poder central há varias décadas e também participaram da formação de grupos armados de opositores políticos que surgiram em reposta ao golpe de Estado de 2021 contra Aung San Suu Kyi.

- Pequim propõe cessar-fogo -

No início desta semana, estes antigos opositores do Exército anunciaram que tomaram o controle de vários postos militares, assim como de rotas comerciais estratégicas com a China, principal parceiro comercial de Mianmar.

Já a junta militar realizou ataques aéreos, segundo um porta-voz de um grupo étnico armado.

A violência preocupa a China, um dos últimos países que mantêm relações com a junta birmanesa, isolada no cenário internacional, a quem fornece armas.

Pequim "insta todas as partes a cessarem imediatamente o fogo e os combates", declarou em coletiva de imprensa Wang Wenbin, porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores.

Y.Lewis--RTC