RCA Telegram News California - Biden vence primárias democratas na Carolina do Sul

Biden vence primárias democratas na Carolina do Sul

Biden vence primárias democratas na Carolina do Sul

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu neste sábado as primárias democratas na Carolina do Sul, e disse que fará do rival republicano Donald Trump "um perdedor" nas eleições de novembro.

Tamanho do texto:

Biden, 81, iniciou sua corrida pela indicação do Partido Democrata com uma vitória por ampla margem sobre os adversários, segundo projeções da imprensa americana.

Os democratas, no entanto, irão se debruçar sobre o resultado da votação, para ver se Biden, que luta contra baixos índices de aprovação, conquistou o apoio dos eleitores negros, que o impulsionaram até a Casa Branca quatro anos atrás.

“Agora, em 2024, o povo da Carolina do Sul se pronunciou novamente, e não tenho dúvida de que vocês nos colocaram no caminho para conquistar a presidência novamente e fazer de Donald Trump novamente um perdedor", declarou Biden.

O estado do sul lançou Biden no caminho para a Casa Branca em 2020. O democrata tinha apenas dois oponentes nas primárias: o congressista Dean Phillips, que fez fortuna com uma empresa de sorvetes, e a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson.

- 'Dos males, o menor' -

"Dos males, o menor", estimou Noelle Paris, 63. “Tinha que ser Biden, porque ele é novamente o candidato mais viável em termos de possibilidades. Mas é um candidato forte? Para mim, nem tanto."

Sem demonstrar entusiasmo com a candidatura, vários eleitores consideram o trabalho de Biden satisfatório e não querem que Trump vença. "Quem são os outros dois candidatos? Sequer olhei", ironizou a aposentada Jane Douglas, 69, em Charleston.

Os eleitores demoraram a chegar a vários colégios eleitorais visitados pela AFP na cidade histórica de Charleston, uma vez que muitos pareciam dar como garantida a vitória de Biden na Carolina do Sul.

O presidente incentivou seus apoiadores a comparecerem às urnas, em vídeo publicado no X, antigo Twitter.

Biden fez uma série de visitas à Carolina do Sul, mas não esteve presente neste sábado, um dia depois que ataques de represália dos Estados Unidos atingiram grupos ligados ao Irã na Síria e no Iraque, após a morte de três soldados americanos em ataques a uma base na Jordânia.

A participação eleitoral foi monitorada com atenção: os eleitores negros impulsionaram a vitória de Biden na Carolina do Sul em 2020, o que salvou a sua campanha, e depois o impulsionaram à Casa Branca.

Pesquisas recentes mostraram que o apoio a Biden diminui entre os eleitores negros, principalmente os jovens, em meio à frustração por ele não ter discutido suas prioridades, apesar de eles o terem apoiado há quatro anos.

Biden pressionou para que a Carolina do Sul estivesse à frente das primárias democratas deste ano, antes de New Hampshire, cuja população é quase inteiramente formada por pessoas brancas.

Embora seja provável que a Carolina do Sul permaneça em mãos republicanas em novembro, como acontece continuamente desde 1980, Biden a considera um campo de testes da sua popularidade entre os eleitores negros.

Os democratas fizeram esforços de campanha significativos e Biden visitou a região duas vezes neste ano. Ontem, a vice-presidente, Kamala Harris, pediu a seus apoiadores que comparecessem para votar, durante um discurso inflamado em uma universidade historicamente negra.

“Acho que ele fez o melhor que pôde”, disse Annette Hamilton, 63, ao votar, em Charleston. "Ele ganhará em novembro? Peço a Deus que sim."

As primárias republicanas de 24 de fevereiro prometem ser mais disputadas do que as democratas, com Trump tentando desferir um golpe decisivo na ex-governadora da Carolina do Sul e embaixadora junto à ONU Nikki Haley em seu próprio território.

O.Greco--RTC