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Dirigente da UE adverte que próximos meses são 'decisivos' para guerra na Ucrânia
Dirigente da UE adverte que próximos meses são 'decisivos' para guerra na Ucrânia / foto: Mandel NGAN - AFP

Dirigente da UE adverte que próximos meses são 'decisivos' para guerra na Ucrânia

O alto representante para a política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, advertiu nesta quinta-feira (14) que a guerra na Ucrânia poderia ser decidida nos próximos meses, e fez um chamado urgente, em uma visita a Washington, para que os aliados aumentem sua ajuda a Kiev.

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"Nesta primavera [boreal], neste verão antes do outono, é quando a guerra na Ucrânia se decidirá", disse Borrell aos jornalistas pela tarde.

Após uma escala em Nova York para se dirigir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Borrell visitou a capital americana para se reunir com o secretário de Estado, Antony Blinken.

Borrell assinalou que, em todas as suas reuniões, reiterou as consequências de uma vitória russa na Ucrânia.

Se o presidente Vladimir Putin "ganhar esta guerra e conquistar a Ucrânia e colocar uma marionete em Kiev - como a que já temos em Belarus -, ele não vai parar por aí", disse Borrell.

"Os próximos meses serão decisivos", afirmou, ao advertir que, "seja o que tiver que ser feito, que seja rápido".

Um pacote de ajuda de 60 bilhões de dólares (R$ 298 bilhões) aprovado pelo Senado dos Estados Unidos está bloqueado na Câmara dos Representantes, que é controlada pelos republicanos. O presidente da Casa, o conservador Mike Johnson, que tem poder de decisão sobre a pauta de votação, pediu que, primeiramente, sejam tomadas ações contra a imigração ilegal.

"Muitos analistas esperam uma grande ofensiva russa neste verão [boreal] e a Ucrânia não pode esperar até os resultados das próximas eleições americanas", argumentou Borrell.

O alto representante europeu advertiu que, "se Putin tiver êxito, isto terá uma enorme repercussão para os Estados Unidos e para o sistema de alianças construído ao redor de Estados Unidos e Europa".

Em um cenário como este, "nenhum país voltará a estar seguro" de que os Estados Unidos poderão "vir a ajudar qualquer aliado" que esteja sob ataque, indicou o chefe da diplomacia europeia.

Em sua visita a Washington, Borrell também se reuniu com Don Bacon, um republicano membro da Câmara dos Representantes, informou um funcionário da UE.

Borrell pediu a Bacon que imaginasse "tanques russos em Kiev, um governo marionete... Tropas russas na fronteira polonesa, na fronteira dos Bálcãs", relatou o funcionário.

"Não se trata de um jogo sem consequências. Em questão de meses, a Ucrânia pode estar em uma situação insustentável", indicou o funcionário.

"Imagine o cenário em que a Rússia vence a batalha porque não dotamos a Ucrânia com as capacidades para resistir... Os republicanos deveriam pensar nisso", acrescentou.

L.Rodriguez--RTC