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ELN diz que cessar-fogo na Colômbia depende da normalização das negociações
ELN diz que cessar-fogo na Colômbia depende da normalização das negociações / foto: Daniel Muñoz - AFP/Arquivos

ELN diz que cessar-fogo na Colômbia depende da normalização das negociações

A guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) fará um "cessar-fogo" na Colômbia quando conseguir retomar o ciclo "normal" das negociações com o governo de Gustavo Petro, disse, neste sábado (23), o chefe de negociações da guerrilha, Pablo Beltrán, no âmbito de reuniões entre as partes em Caracas.

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"Dissemos que haverá um novo cessar quando a mesa avaliar este cessar e quando a mesa retomar um ciclo normal de seu funcionamento", disse, em um vídeo no X, Beltrán, que no passado 7 de novembro anunciou a retomada dos diálogos, paralisados desde setembro.

"Haverá novos acordos quando tratemos do descumprimento dos velhos acordos (...) Estamos neste ponto", acrescentou Beltrán, ao informar sobre o estado das negociações que avançam em reuniões privadas em Caracas desde a terça-feira passada.

Os diálogos com o ELN ocorreram em México, Cuba e Venezuela.

Segundo disse, as partes estão avançando em um novo modelo de negociação e fazendo um processo de "crítica e autocrítica".

O "cessar-fogo" era um dos pontos na agenda do governo colombiano, quando foram anunciados os primeiros encontros entre as partes, depois da suspensão dos diálogos, após o ataque do ELN contra uma base militar que deixou três soldados mortos e 28 feridos em setembro.

O ELN, que se levantou em armas em 1964, lançou uma ofensiva desde o início de agosto, quando decidiu não retomar uma trégua que vigorava desde 2023. As Forças Militares também retomaram suas operações contra os rebeldes.

O ataque mais recente desta guerrilha ocorreu na quinta-feira, e deixou cinco soldados mortos e vários feridos no município de Anorí (noroeste).

Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, aposta em desativar o conflito armado de seis décadas negociando com vários grupos armados, mas a oposição acusa uma deterioração da ordem pública.

A.Olsson--RTC